quinta-feira, 22 de maio de 2014
quarta-feira, 21 de maio de 2014
ManeFastos DadaEsmos
Interferências
DADÁ na arte-educação e na prática artística da Ecoaecoa
Coletivo
Justificativa:
“ A
suprema norma do conhecimento é, segundo Giambattista Vico, o
princípio segundo o qual nenhum ser penetra e conhece
verdadeiramente senão aquilo que ele mesmo cria. O campo do nosso
saber não se estende nunca além dos limites da nossa criação. O
homem só compreende enquanto cria.”
(apud Cassirer em
Ciencias da Cultura)
A
pesquisação
Manefastos Dadaesmos - Interferências dadá na arte-educação e na
prática artística da
Ecoaecoa Coletivo, é um projeto que tem por finalidade aprofundar a
pesquisa teórica e dar continuidade na pesquisa prática no
processo criativo da
Ecoaecoa Coletivo,
além de visar difundir um
recorte do
acervo de trabalhos artísticos deste coletivo relacionados
a
expressões Dadá como uma tentativa de contribuir com a prática de
Arte- Aprendizagem Crítica.
Fundado
pela autora dessa pesquisa a
Ecoaecoa Coletivo
atua como um ser coletivizante de Arte Integrada
proposto como um processo criativo e ecosófico, que atua como uma
“Ação Transformadora Poética Permanente”.
Palavras
chaves: Processo Criativo, Arte Educação, Dadá, Autonomia,
Ecosofia.
Objetivo:
(Des)construção
de propostas com base no Dadá elaboradas para a arte-aprendizagem
pela Ecoaecoa Coletivo, experimentações e difusão de acervo.
Gattari Félix, As Três Ecologias – 1989 – França
No livro As Três Ecologias Gattari introduz o
conceito Ecosofia como proposta à sua crítica sobre as mudanças
tecno-científicas do planeta que impulsionam a crise global (numa
conjuntura objetivo-subjetiva do ser urbano). Este novo conceito
proposto como um caminho que se articule uma ético-política em 3
níveis de ecologias: Social, Ambiental e Pessoal pensando o
relacionamento do ser humano em um meio não visto apenas como
meio-ambiente mas sim como um ambiente midiático imposto como um
cenário que se molda junto com a noção de sujeito ou a perda
dessa noção através da pressão dos “modos dominantes da
valorização das atividades humanas” e dos mecanismos de opressão
e repressão tecnocráticas.
Ecologia Daninha:
“Existe uma
ecologia das ideias danosas, assim como existe uma ecologia das ervas
daninhas.” Gregory Bateson.
… a relação da subjetividade com sua
exterioridade – seja ela social, animal, vegetal, cósmica – que
se encontra assim comprometida numa espécie de movimento geral de
implosão e infantilização regressiva. A alteridade
tende a perder todo a aspereza. O turismo, por exemplo, se resume
quase sempre a uma viagem sem sair do lugar, no seio das mesmas
redundâncias de imagens e de comportamento.”
Ecosofia:
… ao passo que só uma articulação
ético-política – a que chamo ecosofia – entre os três
registros ecológicos (o do meio ambiente, das relações sociais e o
da subjetividade humana) é que poderia esclarecer convenientemente
tais questões.
“Em virtude do contínuo
desenvolvimento do trabalho maquínico, redobrado pela revolução
informática, as forças produtivas vão tornar disponível uma
quantidade cada vez maior do tempo de atividade humana potencial. Mas
com que finalidade? A do desemprego, da marginalidade opressiva, da
solidão, da ociosidade, da angústia, da neurose, ou a da cultura,
da criação, da pesquisa, da reinvenção do meio ambiente, do
enriquecimento dos modos de vida e de sensibilidade? No Terceiro
Mundo, como no mundo desenvolvido, são blocos inteiros da
subjetividade coletiva que
se afundam ou se encarquilham em arcaísmos, como é o caso, por
exemplo, da assustadora exacerbação dos fenômenos de integrismo
religioso.
Não
haverá verdadeira resposta à crise ecológica a não ser em escala
planetária e com a condição de que se opere uma autêntica
revolução política, social e cultural reorientando os objetivos da
produção de bens materiais e imateriais. Essa revolução deverá
concernir, portanto, não só às relações de forças visíveis em
grande escala mas também aos domínios moleculares de sensibilidade,
de inteligência e de desejo.
Livro As Três Ecologias
Neoísmo Faz Uso do Plágio como Método Artístico
Por Diego Assis
Surgido
entre o final da década de 70 e início dos 80, influenciado pelo
pensamento dos dadaístas, futuristas, Fluxus e da Internacional
Situacionista –as principais vanguardas artísticas do século 20–,
o neoísmo tem como uma de suas características mais marcantes o uso
do plágio e dos chamados nomes múltiplos.
“Afirmamos
que o plágio é o verdadeiro método artístico moderno. O plágio é
o crime artístico contra a propriedade. É roubo, e, na sociedade
ocidental, o roubo é um ato político”, diz um dos manifestos do
movimento, reciclando o “détournement” de Guy Debord.
Assim,
um dos principais métodos dos artistas dessa corrente consiste em
apropriar-se da própria história da arte para criar um significado
novo para o que consideram um passado morto.
Entre
os membros do neoísmo –ou suas identidades coletivas– incluem-se
nomes como John Berndt, Luther Blissett, Monty Cantsin, tENTATIVELY
cONVENIENCE e Karen Eliot, este último um dos mais conhecidos
pseudônimos do próprio Stewart Home.
Músico,
videomaker, romancista, jornalista, crítico e, inevitavelmente,
artista, Stewart Home (ou Karen Eliot, Monty Cantsin, Luther
Blissett, você escolhe) é um produto direto do punk inglês do
final da década de 1970.
À
idéia de que qualquer um poderia montar uma banda, máxima do “do
it yourself” que reinava na época, Home adicionou a de que
“qualquer um pode se tornar um artista”. “Basicamente, acho que
se você convencer o poder cultural de que o que você faz é arte
então aquilo se torna arte”, explica Home. “Havia duas formas de
eu entrar: uma era bater na porta de uma galeria de arte comercial,
participar de exposições e deixar os críticos escreverem sobre o
meu trabalho, enquanto eu me concentrava em produzir objetos para
vender. E a outra era escrever a minha própria história.”
Familiarizado
com os textos da esquerda italiana e dos comunistas holandeses e
alemães, decidiu “testar” a sua teoria promovendo um verdadeiro
assalto à cultura dominante, tomando parte em um movimento que, em
suas próprias palavras, era um “prefixo e um sufixo sem conteúdo”,
o neoísmo. É preciso endurecer, mas sem perder a piada:
“Queremos
chegar a uma situação em que todos percebam todos os aspectos de
sua humanidade, que são físicos, emocionais, intelectuais, e o
humor não pode ser excluído. Uma revolução que não é divertida
não será boa para mim nem para ninguém”.
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